Colab to Grow - Como extrair o melhor dos elementos chave no ambiente agile?
Não se trata mais de ser o mais rápido, mas o mais adaptável, principalmente se levarmos em conta a emergência da Inteligência Artificial, que altera fundamentalmente as relações e o gerenciamento dos empreendimentos.
É por esta razão que se fala em mudança do mindset empresarial, em outras palavras, mudança no quadro de referência sobre o qual toda lógica administrativa foi criada. Não se pode mais pensar que estruturas rígidas não serão afetadas pelas mudanças que a tecnologia está gerando. Não se trata simplesmente de alterações na estrutura organizacional ou processos de trabalho e sim do investimento em lideranças e cultura ágeis.
É desta forma que competências devem ser adicionadas à empresa na estratégia, cultura, gestão, nas pessoas e relações, processos e métodos levando-se em conta a cadeia de valor como um todo.
Isto só é possível quando as pessoas são direcionadas para a colaboração, de forma que seja criado um contexto por meio do alinhamento da transformação pretendida com os objetivos organizacionais. Neste sentido, a falta de transparência, ausência ou indefinição de objetivos claros podem fazer sucumbir todo um processo, já que as pessoas não estarão visualizando o real propósito das iniciativas.
A resistência, falta de apoio da alta administração ou a cultura sedimentada podem inviabilizar a agilização na entrega de valor elevado aos clientes.
Quando a organização adota, de fato, o princípio da agilidade com foco no cliente é que poderá responder às alterações do ambiente externo e é por meio de uma perspectiva colaborativa que terá mesmo a possibilidade de crescer no mercado, uma vez que o processo de construção da estratégia e seu desdobramento não mais estarão restritos à alta administração, mas permearão toda empresa.
Para tamanho alcance e transformação, o contorno da equipe se transforma, desta vez considerando-se a existência de um propósito e um perfil focado em confiança, empatia, adaptabilidade, multidisciplinaridade, auto-organização e qualidade, além, claro, das metodologias ágeis que podem ser incorporadas nas práticas.
Por estas razões é que o foco desloca-se de produtos e processos para pessoas, sejam elas funcionários, clientes ou fornecedores, o que sinaliza que esta filosofia não pode ser apenas adotada como um modismo, mas estar impregnada na cultura e desde que agregue valor ao negócio.
É assim que o crescimento organizacional será sustentado em bases diferentes do que foi no passado: colaboração para agregar valor ao cliente, liderança ágil, mudança de mindset e filosofia ágil impregnada na cultura.